terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Jantar "miminho" para dois

Hoje quis fazer um jantar de agradecimento ao meu Pai Natal, e mesmo depois de um dia de muito movimento na cozinha do trabalho, fui trabalhar para a cozinha de casa.

Numa visita rápida ao supermercado o menu ficou decidido:

Cogumelos Portobello com Blue Cheese e Nozes
***
Dourada no forno com legumes e puré de batata doce e tomilho
***
Triffle de iogurte grego, molho de frutos vermelhos e crocante de canela e gengibre

E numa corrida contra o tempo, fiz assim:

Entrada:
2 cogumelos Portobello
100g de blue cheese
miolo de noz
1 colher de sopa de pão ralado

Colocar os cogumelos numa travessa com o pé para cima (eu tiro o pé mas não será necessário). Desfazer o queijo e pôr por cima dos cogumelos assim como as nozes partidas em pedaços e o pão ralado. Levar ao forno 15 minutos.
Servir numa cama de folhas verdes, temperadas com vinagre balsâmico e sementes de girassol.

Prato principal:

1 dourada média
1 talo de aipo
1 tomate
1/4 pimento verde
azeite
sal grosso
1 batata doce
1 batata
tomilho (seco ou fresco)
sal

Fazer uma "cama" de rodelas de tomate, tiras de pimento verde e aipo cortado fininho, numa travessa onde se "deita" a dourada. Temperar com sal grosso e um fio de azeite. Levar ao forno a 200º, 2o-25 minutos.


Para o puré, descascar as batatas e cortar em pedaços. Cozer em água e sal cerca de 20 minutos. Esmagar grosseiramente e juntar as folhas de tomilho. Se usarem tomilho seco, não sirvam imediatamente. Deixem que o tomilho tenha tempo de amolecer no puré e libertar o seu aroma.



Sobremesa:
300gr de frutos vermelhos congelados (comprei marca Auchan no Jumbo)
1 pau de canela
1 raspa de limão
5 colheres de sopa de açucar
2 iogurtes gregos
bolachas de gengibre (comprei Annas, na Loja Sueca IKEA)

Colocar os frutos vermelhos num tacho com o pau de canela, raspa de limão e açucar. Cozinhar em lume baixo. Mexer sempre, provar para saber se é necessário mais açucar (eu gosto do molho amargo mas para convidados teria feito o molho mais doce). Deve demorar cerca de 25 minutos até ficar pronto, quando a fruta amolece. Tirar do lume e deixar arrefecer.



Em taças, colocar uma camada de bolachas de gengibre partidas em pedaços pequenos. Depois colocar o iogurte e o molho de frutas por cima. Terminar com mais alguns pedaços de bolacha.



Guardar no frigorifico até servir.

E a pressa não deu para mais. Peço desculpa pelas fotos pobrezinhas e por algum possível erro na receita.

Obrigada Pai Natal!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Bolinhos


Amanhã mais alguém no trabalho vai receber bolinhos de chocolate de leite! Para o pequeno-almoço ou para o lanche!

Feijoada Aldrabada

Este domingo tive o prazer de receber mais um cesto da aldeia com maçãs, uma garrafa de azeite e uma couve maravilhosa. Tinha uma lata de feijão no armário da cozinha e uns bifes de porco no frigorifico e decidi então fazer esta receita, inspirada numa visita a casa da minha irmã que cozinha muito bem e de forma muito prática. De aldrabada tem muito e de feijoada pouco, mas tem menos gordura que uma feijoada normal e traz assim menos peso na consciência (e é muito mais rápida de fazer e está cheia de ferro do feijãozinho).

E foi assim:

Ingredientes
(2 pessoas)

250g bifes de porco (do lombo)
1 lata de feijão vermelho (eu usei feijao manteiga porque era o que tinha em casa)
1 cebola pequena
1 dente de alho picado
1 cenoura cortada aos cubinhos
2 tomates maduros
2 folhas de couve gigantes
azeite
sal qb
1/2 colher de chá de cominhos em pó

Num tacho ao lume, envoler o alho, cenoura e cebola no azeite.

Cortar os bifes em tiras e retirar toda a gordura branca que só faz mal à saúde. Juntar a carne ao tacho e fritar 5 minutos. Adicionar os tomates aos cubos e deixar que fiquem moles. Depois a lata de feijão (com a água também) e a couve cortada às tiras. Temperar com sal (que não usei porque a lata de feijão já tinha sal) e com os cominhos. Cozinhar meia hora. Adicionar água se necessário.

Servir com broa de milho e arroz branco.

E em três tempos uma refeição de domingo.
Comi uma maçã assada com mel, canela e amêndoas para sobremesa.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Bolinhos de Chocolate de Leite

Fazer bolos, doces e goluseimas é umpassatempo que vai durar apenas durante o mês de Dezembro. Depois acabou-se, porque os quilos extra começam a incomodar.

Este ano achei boa ideia fazer eu as prendas de Natal para oferecer aos colegas de trabalho. Mas tendo em conta que amanhã começa o primeiro de sete dias seguidos de trabalho, o que significa que a minha próxima folga é na véspera de Natal, decidi começar a dar as minhas prendas mais cedo.

Amanhã alguém vai receber uma caixinha de bolinhos de chocolate de leite, que são feitos mais para serem bonitos do que bons, mas que se comem muito bem com um cafézinho.

A receita é de um livro que me ofereceram numa troca de prendas entre colegas de trabalho, quando ainda morava em Edimburgo. Como levava muitas vezes para o trabalho guloseimas feitas por mim (para não as comer sozinha!!), ofereceram-me este livro que é um pecado. Torna-se até dificil escolher uma entre as muitas receitas, que vêm acompanhadas por fotos maravilhosas.


Bolinhos de Chocolate de Leite:

Ingredientes:

75g de manteiga sem sal
75g de chocolate de leite
80g de brown sugar
2 ovos
60g de farinha self-raising

Cobertura
80g de chocolate de leite
1 colher de sopa de manteiga
25 ml de leite

Aquecer o forno a 160º. Colocar forminhas de papel em 10 formas de queques.

Partir o chocolate aos pedacinhos e, numa taça, juntar a manteiga. Levar ao microndas 1 minuto e depois mexer até o chocolate ficar completamente derretido.

Juntar o açucar e os ovos batidos e misturar tudo bem. Adicionar a farinha.

Colocar a massa nas forminhas (encher só até meio).

Levar ao forno 20-25 minutos.

Deixar arrefecer 10 minutos nas formas e depois passar para uma grelha para arrefecerem.

Enquanto arrefecem, prepara-se a cobertura, derretendo mais uma vez no microondas, o chocolate, a manteiga e o leite.

Eu usei este utensílio fantástico da Lekué para espalhar a cobertura pelos bolinhos. É uma ajuda fundamental para uma cozinheira inexperiente. Comprei-o no Corte Ingles.

Decorei os bolinhos com bolinhas prateadas porque acho que são próprias para decoração de Natal!

E o resultado foram uns bolinhos brilhantes e bem bonitos! Comi um. Estava bom!!

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Gratinado de legumes


Ontem não sabia o que fazer para o jantar. Antes de ir ao supermercado, fui visitar um blog que gosto muito, o Caos na Cozinha, para me inspirar. Este blog tem receitas como eu gosto, simples, fáceis e algumas que não exageram nas calorias.

Como ando mal da barriga por causa de uma crise aguda de SCI, mas ao mesmo tempo cheia de fome (não percebo bem como é possível, mas enfim), precisava de uma refeição que não fosse muito agressiva para o estômago mas ao mesmo tempo que me desse algum prazer a comer e principalmente a preparar.

Roubei então esta receita de legumes gratinados e adaptei a meu gosto:


Ingredientes

(para dois)

1 beringela
1/2 courgete
1/2 cebola
1 tomate
1/2 pimento verde
1 bola de mozzarella fresca
nozes
oregãos


Para o molho de tomate:
1/2 alho francês
1 cenoura ralada
4-5 tomates maduros pequenos
azeite

Para o molho, coloquei num tanho o tomate cortado aos cubos, o alho francês às rodelas fininhas, e a cenoura ralada com um bocadinho de água. Quando o tomate estava desfeito e a cenoura e o alho francês cozinhados, juntei um fio de azeite e passei com a varinha mágica até ficar um creme.

Para este prato convém o molho não ficar muito grosso para depois cozer os legumes quando forem ao forno.

Cortei a beringela às rodelas no sentido do comprimento e coloquei-as num escorredor com sal durante meia hora. Cortei todos os outros legumes às fatias finas.

Numa travessa de ir ao forno, espalhei umas colheres de molho de tomate para cobrir o fundo, e alternei camadas de beringela, courgete, cebola, pimento e tomate, e entre cada camada, fui espalhando molho de tomate. A última camada deve levar molho de tomate por cima.

Levei ao forno a 180º durante cerca de 1 hora e 10 minutos até os legumes ficarem cozinhados. O tempo que fica no forno depende da espessura das rodelas e da altura das camadas de legumes na travessa.
Retirei do forno e espalhei por cima o queijo cortado às fatias, as nozes e os oregãos. Levei ao forno mais 10 minutos, até o queijo derreter (e liguei o grelhador do forno para ser mais rápido).

Servi com uma salada de folhas verdes temperada com vinagre balsâmico, azeite e sementes de girassol. E estava muito bom!!!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Sumo fresquinho


Hoje bebi mais um sumo do livro The Juice Master, de Jason Vale:

2 maçãs
1 rodela de limão com casca
uma rodela de 2,5cm de pepino
1 talo de aipo
2,5cm de gengibre

Maçã, aipo e pepino são óptimos para eliminar toxinas do corpo. O gengibre é um antibiotico natural e o limão ajuda a remover bacterias e toxinas dos intestinos.

Gosto de beber sumos com maçã e pepino porque são leves e fresquinhos. E os sumos com gengibre têm sempre algo de especial.

Pastéis de Legumes


Não gosto da Mafalda Pinto Leite porque cozinha de cabelo solto, salto alto e lenço ao pescoço. Uma cozinheira usa avental, prende o cabelo porque é mais limpinho e tem queimaduras nas mãos.
Não acredito que durasse mais de meia hora nos quentes de um restaurante a sério. A minha primeira impressão foi falta de credibilidade. Mas quando visitei o site dela, não resisti a experimentar esta receita. É como eu gosto: vegetariana, ingredientes simples e baratos, fácil e com boa apresentação. Mas apesar de reconhecer o lado criativo da Mafalda Pinto Leite, continuo a ver que lhe falta qualquer coisa. A receita tem um erro. O queijo dos ingredientes não está incluido em nenhum dos passos da receita.
Eu fiz assim:
Ingredientes
1 batata doce
1 batata
1 cenoura
1 mão cheia de ervilhas congeladas
queijo ralado
1 ovo
pimenta (sal não faz falta porque a massa e o queijo já são salgados que baste)
1 lata pequena de milho
2 embalagens de massa para tartes salgadas
Cozi a batata doce 10 minutos até ficar mole, escorri a água e esmaguei até ficar puré. Cozi a cenoura e a batata, cortadas aos cubinhos bem pequenos, durante 5 minutos. Juntei ao puré de batata doce a batata e cenoura cozidas, o milho, as ervilhas e o ovo. Temperei com pimenta acabada de moer. Juntei o queijo ralado e mexi tudo bem. Cortei rodelas de 10 cm de massa de tarte. Dividi o recheio pela massa e dobrei-a ao meio, pressionando com os dedos para fechar bem as meias-luas. Usei ovo batido como "cola" para que os pastéis não abram. Congelei metade. Os restantes foram pincelados com ovo e salpicados com sementes de sésamo. Foram ao forno cerca de 20 minutos a 200º até ficarem dourados. Servi com uma salada de rúculo, tomate cherry, e sementes de girassol, temperada com um azeite, vinagre balsamico e ervas a gosto. Para cozinhar os congelados, deixa-se descongelar 4 horas no frigorifico e leva-se ao forno a 200º cerca de 20 minutos.




Queques de aveia e pepitas de chocolate

E porque os queques de mirtilos não me pareciam ser suficientes para o lanche em casa da Ângela, fiz também estes de chocolate e aveia.





Ingredientes
60g de flocos de aveia integrais
260ml de leite
225 g de farinha sem fermento
3 tsp de baking powder
1/2 tsp de sal
60-85g de pepitas de chocolate (eu comprei um chocolate negro da IKEA e parti-o aos pedacinhos com uma faca)
1 ovo
85-110g de soft brown sugar
85g de manteiga derretida



Aquecer o forno a 190º. Preparar as formas de queques com as forminhas de papel.

Numa taça de tamanho médio, colocar a aveia no leite e deixar de lado enquanto prepara os outros ingredientes.

Noutra taça, juntar a farinha, o baking powder, o sal e as pepitas de chocolate.

Juntar à mistura de leite e aveia, o ovo, o açucar e a manteiga derretida. Virar esta mistura na mistura da farinha. Mexer bem todos os ingredientes.

Colocar a massa nas forminhas (9 a 10). Cozinhar no forno 20 a 25 minutos até os queques ficarem dourados e cozidos por dentro.

Arrefecer numa grelha.

Queques de mirtilos e nozes

Sentada no aeroporto de Londres a lanchar um Blueberry Muffin lembrei-me desta receita. Já não a fazia desde que regressei de Edimburgo, onde deixei as minhas forminhas (já não cabia mais nada nas caixas das mudanças). Sem as minhas forminhas improvisei com umas mais pequenas e sairam-me estes queques pequenos mas fofinhos.
Ingredientes
225g farinha sem fermento
1/2 tsp de sal
2 tsp de baking powder
110g de açucar branco
2 ovos
200 ml de leite
45g de manteiga derretida
55g de miolo de noz
110g de mirtilos

Aquecer o forno a 190º (gás 5). Colocar forminhas de papel nas formas de queques. Colocar a farinha, sal e baking powder numa taça. Juntar o açucar e depois os ovos, leite e manteiga derretida. Adicionar as nozes partindo-as aos pedaços com os dedos, e os mirtilos. Dividir a massa em 9-10 formas. Cozinhar no forno durante 20-25 minutos até ficarem dourados por cima e cozinhados por dentro. Retirar do forno e arrefecer numa grelha. Estes queques podem ser congelados.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Veggie Juice


2 maças

1 beterraba pequena

1 florete de bróculo

1/2 talo de aipo

1 rodela de pepino (2,5 cm)

1 rodela de ananás (1,5 cm)

1/2 limão


Este sumo é óptimo para a pele, cabelo e unhas. Contém vitaminas A, B1, B2, B3, B5, B6, C e E, ferro, cálcio, sodio, anti-oxidantes, potássio e ácido fólico.
O aipo e o pepino são diuréticos e ajudam a reduzir a retenção de líquidos.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Sumo de laranja e mirtilo




Laranja e Mirtilo

Fazer sumo de laranja no espremedor, juntar uma mão cheia de mirtilos e bater com a varinha mágica.

Os mirtilos têm poucas calorias e estão cheios de antioxidantes que neutralizam o crescimento de radicais livres. São ricos em vitamina C e E, manganésio, fibra solúvel e insolúvel, flavonóides e riboflavina. São importantes no combate ao cancro, doenças cardiovasculares, cataratas, glaucoma e varizes. Os mirtilos melhoram a visão e ajudam a prevenir e tratar infecções urinárias. Ajudam a regular o transito intestinal e reduzir a inflamação do sistema digestivo. Há estudos que provam que os mirtilos ajudam a melhorar os efeitos de deterioração cerebral associados à doença de Alzheimer.


Calorias vazias


Calorias vazias é uma medida da energia presente nos alimentos que não têm valor nutritivo. Uma caloria vazia contém a mesma energia que outra caloria, mas não vem acompanhada de nutrientes como vitaminas, fibra, antioxidantes ou minerais.


Podemos por exemplo comparar uma dose de batata cozida e uma dose de batata frita com o mesmo valor em calorias (100). As batatas cozidas têm o dobro da fibra e quatro vezes mais vitamina C. A batata cozida é mais rica em nutrientes do que a batata frita, mesmo contendo as mesmas calorias.


Só deviamos incluir calorias vazias na nossa dieta quando as nossas necessidades de nutrientes já foram atingidas. Se nos alimentarmos de forma correcta, vai haver espaço para estas calorias na nossa alimentação (de forma ocasional). A quantidade de calorias vazias que poderão ser permitidas na nossa alimentação depende de vários factores como o estilo de vida de cada um - sendentário, activo, saudável etc.


As calorias vazias não trazem nenhum beneficio mas permitam que se disfrute de alguns "pecados" na nossa alimentação.


Não estou a fazer dieta nem me aconselho com uma nutricionista, mas na minha tentativa para me alimentar melhor, tenho sempre presente o conceito de caloria vazia e sei que tenho que evitar refrigerantes, bolos, gelados (todos os alimentos com açucar adicionado); pão branco, manteiga, margarina e gorduras saturadas, bebidas alcoolicas, fast food (batatas fritas, pizza, hot dogs, refeições take away dos supermercados).


Quem me conhece bem sabe que não respeito este principio de eliminar as calorias vazias, mas a observar os hábitos alimentares da maioria das pessoas, apercebo-me que não têm noção deste conceito que por vezes as podias ajudar a fazer escolhas quando comem fora ou nas refeições que preparam em casa. O ideal é substituir os alimentos ricos em calorias vazias por alimentos ricos em nutrientes. Ignorar o bolo e comer uma banana, comer a batata cozida em vez da frita, beber sumo de laranja natural em vez do refrigerante, deixar o pão branco e substituir pelo integral (e ao escrever isto só me consigo lembrar da hora do lanche na cantina do meu trabalho).
É uma espécie de jogo mental: Olho para a mesa e faço uma reflecção "quantas calorias vazias tenho na minha refeição?".

Na minha cozinha há sempre...

Corto os dedos pelo menos uma vez por semana. É a arte a entrar.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Um ingrediente novo para experiências


A semana passada fui lanchar com a minha irmã a um tea salon japonês, Lanka, perto da casa dela em Londres. Bebi um chá verde com pétalas de rosas e comi uma fatia de bolo de chocolate e chá verde. Gostei tanto que quando cheguei a casa fiz uma pesquisa na internet porque estava determinada em fazer o bolo em casa. Descobri que era feito com pó de chá verde.

Hoje a minha irmã levou-me a uma loja asiática e comprei Matcha Green Tea Powder.

Para a semana começo as experiências. Bolo e gelado de chá verde. E depois preciso de convidados para jantar!

sábado, 20 de novembro de 2010

Abóbora e Cenoura


Quando descobri que tinha síndrome de cólon irritável (SCI) tive que ajustar a minha dieta e eliminar o que me causava dores de barriga e procurar descobrir o que suavizava os sintomas.

Ter SCI não justifica totalmente o meu interesse por comida. Sempre gostei muito de comer e quando fiquei inibida de comer e beber tudo o que queria, tive apenas um pretexto para ler mais sobre alimentos, para pensar mais ainda em comida e para falar mais sobre este tema!

Tenho planos para escrever mais sobre SCI, mas não para já. Agora quero falar sobre abóbora e cenoura. Dois alimentos que fazem com que tenha menos dores de barriga, quando adicionados à sopa.

A abóbora é rica em carotenos, vitamina C e B1, ácido fólico, potássio e fibra . Tem propriedades anti-oxidantes. Dietas ricas em carotenos oferecem protecção contra cancro e diabetes tipo II.

Os carotenos são soluveis em gordura (lípidos) o que significa que são assimilados mais facilmente pelo organismo se forem consumidos em conjunto com alguma gordura (juntar azeite à sopa por exemplo).

As cenouras estão na lista dos meus alimentos milagrosos. De todos os legumes que consumimos, é o mais rico em carotenos provitamina A. Contém vitamina K, fibra e vitamina C e B6 e potássio.

As cenouras são um fonte excelente de componentes anti-oxidantes e ajudam a proteger contra cancro e doenças cardio-vasculares. Promovem uma boa visão e olhos bonitos!

O que tudo isto tem a ver com SCI não sei. Mas consigo dizer que comer sopa de cenoura e abóbora reduz a irritação que sinto no estômago.

Aconselharam-me a comer a sopa sempre passada para retirar ao meu sistema digestivo o trabalho extra de digerir o que poderia comer inteiro e que iria dar mais trabalho ao meu intestino irritado. Optei por fazer sopas passadas com muita abóbora, cenoura e curgete. Ficam macias e muito boas. E aliviam-me um bocadinho dos enjoos e acidez no estômago.

SCI não é grave mas tem um efeito muito grande na minha qualidade de vida. Tanto estou bem um mês seguido como passo semanas seguidas com dores todo o dia, todos os dias. Mas nunca me vai impedir de fazer o que quer que seja. Tenho apenas que aprender a viver com isto.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Tarte de abóbora



Comi tarte de abóbora pela primeira vez num jantar de "Thanks Giving" de uns amigos canadianos em Edimburgo, há já mais de cinco anos. Estava deliciosa e comi duas grandes fatias sem vergonha nenhuma. Na altura fiquei com a ideia que era dificil de fazer até que, ontem, descobri que é muito fácil e de facto....deliciosa!!


Cheia de especiarias, mesmo como eu gosto da minha comida, cheira bem desde que a preparamos até que sai do forno com um aroma de sobremesa de inverno.


Depois de investigar dezenas de receitas escolhi esta Classic Pumpkin Pie, do Chef Barney Desmazery que vi no site http://www.bbcgoodfood.com/

Ingredientes:
550g de abóbora, sem casca e cortada aos cubos

150g de açucar mascavado (a receita pede 175g mas com esta quantidade fica muito doce)
1 embalagem de massa para tarte (é melhor fazer a massa em casa, mas assim temos uma versão mais rápida e fácil)
2 ovos
14oml de natas para culinária
1 colher de chá de canela
1 colher de chá de pimenta da jamaica
1 colher de de gengibre em pó
uma pitada de nós moscada em pó


Colocar a abóbora numa taça e cozinhar 15 minutos no microondas a 850w. Deixar arrefecer e escorrer num escoador.


Estender a massa numa tarteira e fazer furos com um garfo. Ligar o forno a 160º (electrico).


Na liquidificadora (ou uma taça e usar a varinha mágica), juntar a abóbora, as natas, os ovos, o açucar e as especiarias e bater até ficar uma mistura homogénea.
Deitar esta mistura na tarteira. Levar ao forno 1 hora.
Retirar da forma para arrefecer.


Fica melhor depois de fria e no dia seguinte sabe ainda melhor! Se conseguirem guardar uma fatia para o dia seguinte!!!

Pão de alho

Fazer massa para pizza com 500g de farinha quando somos só dois a jantar, resulta em quase metade da massa a sobrar no frigorifico.

Ontem decidi fazer experiências com o resto da massa e dos cogumelos.

Fiz bolinhas com a massa, coloquei-as num tabuleiro e esmaguei-as com os nós dos dedos, até ficarem umas rodelas gordinhas de massa.

Fiz manteiga de alho com manteiga (que derreti no microondas), alho esmagado e salsa picada. Pincelei as bolinhas de massa.

Numas pus queijo ralado, noutras cogumelos cortados aos bocadinhos e tomate cortado também em cubinhos pequenos, e queijo.
Ficam muito bonitas (por causa do verde da salsa e do queijo dourado). E são óptimas entradas quando tiver convidados cá em casa. Servido quente e acabado de sair do forno.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Pizza


Para a massa:
500gr de farinha de trigo branca para pão (tipo 65)
1 colher de chá de fermento seco
1 colher de chá de sal
3 colheres de sopa de azeite
300 ml de água
Colocar os ingredientes na máquina de fazer pão e escolher o programa MASSA.

Quando acabar o programa (uma hora e meia), estender a massa no tabuleiro onde vai ao forno, e deixar levedar meia hora, tapada com um pano de cozinha, num local quente.

Para o molho de tomate:
1 lata de tomate pelado (de boa qualidade, italiano de preferência)
1 alho francês pequeno
1 cenoura

Colocar num tacho o tomate, a cenoura ralada e o alho francês cortado às rodelas com um pouco sal. Cozinhar durante 20 minutos, e passar com a varinha.

Para o topping:
Cebola
azeite
curgete
azeitonas
cogumelos (frescos, nunca de lata!)
queijo das ilhas
Oregãos

Fritar a cebola cortada às rodelas em azeite até ficar mole, transparente e brilhante. Espalhar pela pizza. Espalhar o molho de tomate pela massa da pizza. Colocar em cima as fatias finas de curgete (eu fatio a curgete com o descascador de batatas e assim ficam mesmo fininhas) e cogumelos laminados. Ralar o queijo das ilhas e espalhar por cima da pizza. Como é um queijo muito forte, eu uso pouco queijo. Pôr as azeitonas por cima, oregãos (melhor ainda era basilico fresco) e pimenta preta acabada de moer. Levar ao forno 20-25 minutos, até a massa estar estaladiça!

O Desentupidor


2 maças

1 pêra

1 rodela de limão

três ameixas secas


Deixar as ameixas secas sem caroço, mergulhadas em água durante a noite.

Fazer sumo das maçãs, pêra e limão. Colocar na liquidificadora e juntar as ameixas.


Por erro de tradução, fiz este sumo pela primeira vez com ameixas frescas e ficou tão bom que o bebo assim, substituindo as ameixas secas pelas frescas. Muito doce e fresquinho!! Mesmo perdendo o poder "desintupidor", vale a pena beber este sumo.


(receita retirada do Livro The Juice Master de Jason Vale "The Unblocker")

Bischopswijn


Para aquecer os pés aos amigos nos dias frio de inverno - vinho quente com especiarias:

1 garrafa de vinho tinto
¾ de l de agua (opcional, pode fazer-se só com vinho mas fica mais forte)
1 laranja
1 limão
10 cravinhos
1 pau de canela
1 noz muscada
75 g de açúcar


Deitar o vinho(ou o vinho e a agua) numa panela de esmalte ou de aço inoxidavel. Espetar os cravinhos na laranja e no limão. Deitar tudo no vinho, a noz muscada vai inteira. Aquecer sem deixar ferver. Se possivel não ultrapassar os 70ºC. Fica assim em lume brando durante pelo menos meia hora.
Serve-se quente nas noites frias do inverno ou para acompanhar as guloseimas típicas de Sinterklaas ou de natal.

Pode-se acrescentar mais açúcar.



Sinterklass (S. Nicolau) comemora-se na Holanda no dia 6 de Dezembro. O São Nicolau chega a todas as cidades de barco pelos canais com o seu ajudante, o Zwart Piet, e atira kruidnoten (bolachas de especiarias) às crianças.

A tradição diz que o Sinter Klaas chega de cavalo branco, à noite, à casa de todas as crianças e deixa prendas nos sapatos. As crianças na Holanda deixam uma cenoura no sapato, na noite de 5 para 6 de Dezembro, para o cavalo comer. No dia 6 trocam-se presentes e poemas cómicos.

Pelo menos é esta a recordação que tenho no Sinter Klass que lá passei.

domingo, 14 de novembro de 2010

Appeltaart


Esta tarte de maçã fica guardada no segredo do livro de receitas da minha mãe! E só fica especial com as maças do quintal de Moledo! Tão doces que não foi preciso açucar!!

Guacamole


Guacamole
1 abacate
1 dente de alho esmagado
1 tomate bem vermelhinho cortado aos cubinhos pequenos
sumo de meio limão
sal e pimenta
(opcional - 1 colher de sopa de cebola picada)

Esmagar o abacate (que deve estar bem maduro) com um garfo. Juntar o alho e o tomate, o sumo de limão e sal e pimenta a gosto. As quantidades de alho e tomate dependem do gosto de cada um. Eu prefiro mais abacate d0 que tomate. Também se pode fazer o guacamole na liquidificadora, mas eu prefiro que fique com pedaços inteiros de abacate e tomate, ou seja "mal esmagado".
O guacamole da minha mãe leva coentros picados. Eu gosto, mas acho que o sabor dos coentros se sobrepõe ao abacate.
Eu como guacamole com tostas ou com pão. Se for passado com uma varinha mágica, é óptimo como substituto do tempero de uma salada de alface, tomate e cenoura ralada.

Lanche Guloso Calvin & Hobbes


Pindakaas (manteiga de amendoim) com compota de morango.
Pindakaas é uma guloseima que havia na minha casa quando era pequena, comprada nuns frascos com tampa castanha e de uma marca holandesa. Ao ler um livro do Calvin & Hobbes descobri que uma camada de compota de morango tornava este lanche ainda mais guloso (e calórico!). Encontrei um frasco de Pindakaas no pingo doce e foi a bomba calórica da tarde de sábado.
(quanto à imagem, falta-me mais umas aulas de fotografia e instalar o photoshop no computador!)


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A minha enciclopédia




Açafrão da Índia


O pó de caril que normalmente se compra nos supermercados é uma mistura de especiarias e o açafrão das indias é o que lhe dá a cor amarela.
Na minha última visita a Londres trouxe um saco cheio de especiarias e um livro de comida Indiana fácil. Nunca mais usei pó de caril e faço agora eu as misturas das especiarias. Consegue-se assim uma variedade enorme de sabores para um "caril".
De todas as especiarias a mais interessante é o açafrão da Índia. Eu trouxe a minha de uma loja paquistanesa de Londres mas é fácil de encontrar por cá em qualquer hipermercado.
Para a próxima semana vou tentar colocar no blog algumas receitas que usem açafrão da Índia e na receita de Bolo de Sêmola de Trigo, é o ingrediente que lhe dá a côr alaranjada.
O açafrão da Índia tem propriedades terapeuticas devido ao seu componente activo - a curcumina. É um antiséptico natural e na medicina ayurvedica, na Índia, é utilizado como desinfectante para cortes e queimaduras e muitas outras doenças. É anti-inflamatório sendo por isso um tratamento natural para artrite e artrite reumatóide. Na medicina chinesa é usado para tratamento de depressão. Poderá ser útil na prevenção da progressão da doença de Alzheimer e já foram feitos estudos que provam ser um travão de metástases em diferentes tipos de cancro. Recentemente, vários estudos estão a ser feitos sobre a influência que a curcumina poderá ter no tratamento do cancro, Alzheimer, e doenças inflamatórias. No paquistão é utilizado para perturbações intestinais, como o síndrome de cólon irritável. Poderão ler um artigo interessante sobre açafrão da Índia aqui.
As quantidades de açafrão da Índia que teríamos que tomar para que estes efeitos positivos na saúde se façam sentir poderá ser elevada, mas mesmo não tendo nenhuma relação no meu bem-estar, tenho sempre esta especiaria amarela na minha cozinha. Faz partes dos meus dias na cozinha quando tenho convidados que não se importam das minhas experiências culinárias.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Tofu Agridoce


Para duas pessoas
200 gr de tofu natural
2 colheres de sopa de molho de soja
1 colher de mel
1 colher de vinagre
piri piri ou chili em pó
2 colheres de azeite
1/2 cebola
1 dente de alho
3 ou 4 cm de gengibre fresco
200 gr de milho doce
sementes de sésamo

Misturar o molho de soja, mel, piri-piri e vinagre numa tijela. Cortar o tofu aos cubos e pôr no molho. Deixar marinar 15 minutos.

Aquecer o azeite e fritar o alho picado a cebola cortada às rodelas fininhas e o gengibre esmagado numa pasta ou ralado. Juntar o tofu com o liquido da marinada e o milho. Adicionar um fundinho de água se necessário.

Servir com arroz basmati ou noodles (massa chinesa) e sementes de sésamo (eu tosto as sementes de sésamo numa frigideira porque ficam mais aromáticas).


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Bolo de sêmola de trigo


Este bolo é a minha receita preferido do livro "Indian Food Made Easy" da Anjum Anand (que tem um programa na BBC sobre comida Indiana).

É muito fácil de fazer e é óptimo tanto como refeição, acompanhado por exemplo de salada e arroz, ou como entrada, como faço quando tenho convidados para jantar. Eu chamo-lhe "bola vegetariana".

Ingredientes
3 colheres de óleo
165g de sêmola de trigo
125ml de iogurte natural
125ml de água
40g de ervilhas congeladas
2 colheres de sopa de cebola picada
1 cenoura pequena, ralada
40g feijão verde congelado
40g de courgete cortada aos cubinhos pequenos
8g de gengibre fresco, sem casca e esmagado no almofariz até ficar em pasta
1/4 de colher de chá de chili em pó
1/2 colher de chá de açafrão da India
sal
1/2 colher de chá de sementes de cominhos
1/2 colher de chá de bicabornato de soda
1 colher de chá de sementes de sésamo

Aquecer o forno a 200º. Olear uma forma de bolo e forrar com papel vegetal.

Misturar numa taça a sêmola de trigo, o iogurte, a água, os legumes, o gengibre, as especiarias e o sal até formar uma massa de consistência média.

Aquecer o óleo numa frigideira e tostar os cominhos até ficarem aromaticos. Juntar o óleo e cominhos à massa e misturar tudo.

Adicionar o bicarbonato de soda e colocar a massa na forma. Espalhar as sememntes de sésamo por cima da massa.

Vai ao forno cerca de 35 minutos, até ficar queimadinho e estaladiço por fora e fofinho e seco por dentro. Deixar arrefecer na forma.

Sumo de... salsa?!

Se há um mês atrás me dissessem, como previsão do futuro, que eu ia beber sumo de salsa, eu não pagava a consulta à cartomante.

Na centrifugadora, fazer sumo de meio ananás, duas cenouras, uma mão cheia de salsa. Colocar o sumo num copo e juntar menta fresca.


Não é o sumo mais saboroso do mundo mas também não é mau. Sabe muito a salsa.


A combinação das cenouras com a salsa fazem com que este sumo seja benéfico aos olhos. Tanto que no livro The Juice Master, lhe chamam Bright Eyes.


Foi útil para gastar a salsa que tinha no frigorifico. Mas só volto a repetir se o meu oftalmologista me disser que estou ficar mais míope. Por agora, e porque os óculos nem me fazem assim tanta falta, prefiro beber outra coisa.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Sumo de Verão no Outono


1\3 de um pepino de tamanho médio
2 maçãs
1 rodela de limão
1 lima

Fazer sumo de tudo isto na centrifugadora. Juntar gelo (eu nunca ponho gelo nos sumos porque tenho a fruta e legumes guardados fresquinhos no frigorifico).

É um sumo fresquinho de verão. O pepino ajuda a refrescar o corpo. Este sumo tem vitamina A, B1, B2, B3, B5, B6 e C, calcio, ferro, magnésio, fósforo, potássio, e ácido fólico. É óptimo para limpar o figado e rins, excelente para o cabelo, unhas e pele e é um diurético natural.

E é bom e fresquinho. Mesmo para um dia miserável e chuvoso de Outono.

A receita de salada de quinoa e frango da minha mãe


SALADA DE QUINOA E FRANGO

Quinoa
Peitos de frango
Alface
Tomate
Romã
Abacate
Salsa e ou coentros
Pimento vermelhos
Sumo de limão
azeite

Cozer a quinoa conforme a receita que vem na embalagem.
Cozer os peitos de frango ( ½ a 1 peito por pessoa) em agua aromatizada com um dente de alho, uma cenoura, uma cebola, uma folha de loura, um cravinho, salsa, sal ,pimenta. 20 a 25min chegam.
Descascar a romã. Descascar o abacate e cortar aos cubos. Cortar o tomate e o pimento às fatias finas. Picar a salsa e\ou os coentros. Cortar os peitos de frangos em cubos pequenos. Com duas colheres de sopa cheias de sumo de limão e 3 a 4 colheres de sopa de azeite, sal e pimenta fazer o molho. Misturar tudo de maneira que fica bonito à vista, regar com o molho , mexer com muito cuidadinho. Polvilhar com mais alguma salsa ou coentros picados.
Não deitem a agua de cozer o frango fora. É óptima para fazer arroz ou para pôr na sopa de legumes, ou numa feijoada ou guisado de legumes, etc..

Em vez da alface podem usar rúcula. Em vez do frango cozido podem usar restos de frango assado.

Quinoa

Quinoa com queijo feta e amêndoas

1 colher de sopa de azeite
meia colher de chá de coentros em pó
meia colher de chá de açafrão das indias
300 gr de quinoa
600 ml de água
50 gr de amêndoas laminadas (tostadas)
100 gr de queijo feta desfeito aos pedaços
salsa
sumo de limão

Colocar o azeite num tacho e alourar os coentros e açafrão durante um minuto. Juntar a quinoa, que já deve ter sido lavada e escorrida. Fritar a quinoa cerca de um minuto. Juntar a água e deixar cozinhar em lume brando até a água desaparecer e a quinoa ter um aro mais claro à volta. Deixar arrefecer um pouco e depois juntar o queijo, a salsa, as amêndoas depois de tostadas numa frigideira, e o sumo de limão para temperar. Pode servi-se quente ou frio (eu gosto mais frio).
Eu descobri a quinoa quando tinha crises muito grandes de sindrome de colón irritável e precisei procurar alimentos mais fáceis de digerir. Procurei alimentos sem gluten e descobri a quinoa.
A quinoa é o ouro dos Incas. Foi esquecido durante muitos séculos e continua a ser ainda muito pouco conhecido na cozinha da maior parte das pessoas. É uma semente nativa do sul da américa e foi cultivada na região do Andes (Peru, Chile e Bolivia) desde há mais de 5000 anos. Era o alimento base dos Incas. Os conquistadores espanhóis, tentando destruir a cultura Inca, destruiram também os campos de cultivo de quinoa, proibindo a sua produção e consumo, o que levou à quase extinção dos campos de quinoa. Nos anos 80, dois americanos descobriram o potencial da quinoa na nossa nutrição, e começaram a cultivá-la no Colorado.
Pode-se comprar quinoa em lojas de produtos naturais ou de nutrição e nos hipermercados. Eu compro no Jumbro mas é caro porque é de produção biológica.
A quinoa, antes de cozinhada, deve ser lavada para retirar a camada externa, um pouco amarga, chamada saponina, que se transforma numa espuma em contacto com a água.
Pode ser cozinhada como o arroz, com o dobro da quantidade de água. Pode ser cozinhada simples, só com água ou com um refogado de cebola, juntando também cenoura, ervilhas ou feijão verde.
É uma alternativa ao arroz e é muito fofinha e saborosa.

A quinoa é rica em proteina, ferro, magnésio, manganésio, potássio. Tem um índice baixo de colesterol e não tem gluten.

sábado, 6 de novembro de 2010

O todo poderoso

Com o passar do tempo vai ser possível notar no meu diário gastronómico, os dias em que estou sozinha em casa e os dias em que tenho para quem cozinhar. Esta semana foi particularmente soliltária o que, na minha alimentação significa que poucas horas são passadas a cozinhar e a comer refeições quentes ou mais elaboradas. Sopa, sumos e pão com coisinhas boas são o meu sustento.

Nos dias em que não estou sozinha em casa, vou poder pôr aqui no blog receitas mais interessantes. Tenham paciência (assim como eu tenho). Amanhã já não estou só, e já sai um comidinha mais interessante. Senão daqui a pouco ficam todos fartos de sumos.
Isto tudo para dizer que quero partilhar convosco o sumo dos sumos ou o Todo Poderoso, como eu lhe chamo, e que foi, juntamente com uma sopa de espinafres, a meu almoço de hoje.
Receita retirada do livro The Juice Master, de Jason Vale
2,5 cm de cenoura
2 maçãs
1 beterraba pequena (crua)
uma rodela de limão
uma rodela de gengibre

Se os ingredientes não estiverem no frigorifico, juntem gelo ao sumo. Fresquinho é bem melhor.
Este sumo é excepcionalmente bom. Uma festa para as papilas gustativas. Para além disso contém vitamina A, B1, B2, B3, B6, C, E, K, cálcio, ferro, magnésio, manganês, potássio, sodio, zinco, ácido fólico, fibra soluvél e anti-oxidantes. É o sumo ideal para combater os danos causados pelo tabaco, fast food e stress.
A beterrada é outro dos alimentos na minha lista de "alimentos milagrosos" por ser rica ferro e pelas propriedades anti-oxidantes.


Salada de Beterraba

Cortar beterraba aos cubinhos e colocar numa taça. Juntar queijo feta também cortado aos cubos. Temperar com manjericão fresco (se não tenho uso oregãos secos), sumo de limão e azeite. Servir com tostas ou pão torrado.

Quando tenho convidados para jantar ou almoçar, gosto de ter vários pratinhos com entradas. Esta é uma delas e é um opção para quando tenho convidados vegetarianos.

Para fazer sumo, compro beterrabas cruas. Para as saladas compro as beterrabas já cozidas. Perdem-se nutrientes mas ganha-se tempo, já que as beterrabas demoram imenso tempo a cozer.

Gosto tanto de beterrabas que às vezes, quando tenho fome, vou ao frigorifico, espeto um garfo numa beterraba cozida e como-a assim, sem mais nada. Ainda por cima são tão sumarentas que me tiram a sede.

Smoothie de Abacate

Ontem cheguei do ginásio verde de fome. Abri o frigorifico que agora se encontra sempre cheio de fruta e legumes, e fiz o almoço: um batido de maçã, lima e abacate.

A receita é do livro The Juice Master, de Jason Vale. Na centrifugadora, faz-se sumo de duas maçãs (eu prefiro maçã golden) e meia lima. Coloca-se o sumo na liquidificadora e junta-se o abacate.

Este sumo é quase uma refeição e depois de o beber já não tinha fome para mais nada. É rico em viatmina A, B, B1, B2, B6, C, E e K, ácido fólico, cálcio, potássio, ferro, magnésio, manganês, zinco e anti-oxidantes.

O abacate está na minha lista de alimentos milagrosos. Por ser rico em gordura, ganhou má reputação para quem não quer engordar, mas parece-me um erro. A gordura do abacate é "gordura boa", monosaturada e, como prova o smoothie que bebi para o almoço, o abacate pode ajudar a perder a vontade de comer, porque estamos a encher bem a barriguinha com coisas boas.

Eu gosto de comer abacate às rodelas no pão, com tomate, ou em saladas. Fica óptimo com salmão fumado.

Rolo de salmão
Pão para wraps (eu obviamente compro os da Loja Sueca da IKEA)
Salmão fumado
Queijo para barrar Philadelphia
Abacate

Barrar queijo Philadelphia no "pão wrap", colocar uma fatia de salmão fumado, e algumas fatias de abacate. Enrolar o pão. Cortar em rolinhos e colocar num prato. Eu sirvo como entrada.

Guacamole
1 abacate
1 dente de alho esmagado
1 tomate bem vermelhinho cortado aos cubinhos pequenos
sumo de meio limão
sal e pimenta
(opcional - 1 colher de sopa de cebola picada)

Esmagar o abacate (que deve estar bem maduro) com um garfo. Juntar o alho e o tomate, o sumo de limão e sal e pimenta a gosto. As quantidades de alho e tomate dependem do gosto de cada um. Eu prefiro mais abacate d0 que tomate. Também se pode fazer o guacamole na liquidificadora, mas eu prefiro que fique com pedaços inteiros de abacate e tomate, ou seja "mal esmagado".

Eu como guacamole com tostas ou com pão. Nachos são algo a evitar cá em casa porque apesar de ser bom, faz muito mal. É só sal e gordura.

A variedade Hass é a minha preferida. É um abacate com pele escura e rugosa que por vezes se encontra nos hipermercados. São muito cremosos e mais saborosos.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Na minha cozinha há sempre...


Canela

Consigo lembrar-me de dezenas de maneiras de usar canela. No chá, em doces, na comida indiana, nas panquecas, nos sumos de fruta...


Para além de saber tão bem, há estudos que provam que meia colher de chá de canela por dia ajuda a baixar o colesterol. Podemos juntar canela nos cereais do pequeno-almoço, nas tostas com mel e aos sumos de fruta. Ao nosso chá preferido podemos adicionar pau de canela e para além de sabor estamos a juntar-lhe o benefício que esta especiaria traz à saúde. A mesma quantidade de canela tomada diariamente ajuda também os diabéticos a baixar os níveis de açucar no sangue. Tem também um efeito anti-coagulante no sangue e pode ajudar a diminuir as dores causadas pela artrite (quando tomado diariamente numa dose de meia colher de chá por dia, misturado com mel).



Tostas de maçã e canela

Laminar maçã e colocar em fatias de pão, com canela em pó e açucar. Tostar no forno. O açucar carameliza e misturado com a canela fica uma delicia.

Chá de canela

Partir um pau de canela aos pedacinhos e colocar numa caneca. Juntar água quente. Eu acho mais interessante se se adicionar a canela a um chá que gostarmos de beber.


Sumo de maçã canela e gengibre

Na centrifugadora, fazer sumo de duas maças, uma rodela de gengibre e meia colher de chá de canela. É divinal. Ao pequeno-almoço ou para acompanhar uma refeição. Este sumo é uma bomba: a maçã "keeps the doctor away", o gengibre é um antibiótico natural e a canela é isto tudo que aqui descrevi. Quem precisa de ir ao médico ou à farmácia depois de beber este sumo?!


Pipocas

Eu gosto de ter milho para pipocas em casa. Quando me dá um ataque de fome, sinto-me menos mal a comer pipocas caseiras do que outra gulodice qualquer. E em vez de açucar ou sal, ponho canela.


Eu uso canela no muesli que como ao pequeno-almoço, no arroz doce para a ceia de natal, no pudim de pão, na comida indiana, nas panquecas, nas torradas com mel, no chá, para decorar bolos e sobremesas...

É um fonte de fibra, ferro, cálcio e manganês.

Manganês - É um mineral com função antioxidante, essencial no desenvolvimento de ossos saudáveis e cicatrização de feridas. Quando o manganês está em falta no organismo, pode causar o baixo crescimento, anormalidades do esqueleto, disfunções reprodutivas, menor tolerância à glicose e alterações no metabolismo dos hidratos de carbono e das gorduras.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Pannenkoeken


Foi a primeira coisa que aprendi a cozinhar. Não é o crepe francês nem a panqueca americana, mas sim a panqueca holandesa. Todas as crianças holandesas sabem fazer pannenkoeken e gostam de se lambuzar com stroop (uma espécie de melaço). Aprendi a fazer pannenkoeken na mesma frigideira que aparece na foto, e que herdei da minha mãe quando fui morar sozinha.
Vou ter alguma dificuldade em passar a receita porque faço a olho e nem sempre da mesma maneira.
Uso um ovo por pessoa, misturo farinha (sem fermento) até ficar uma massa dura, e depois misturo leite até ficar liquido mas não muito. Frito-as com bastante manteiga. Esta é a receita que aprendi quando era pequenina. Agora tenho variantes.
A minha preferida é com maçã, aveia e canela. Os flocos de aveia são misturados na massa. A maçã é cortada às fatias fininhas e frita na manteiga, mesmo antes de se deitar a massa. São servidas com açucar e canela. E com açucar mascavado ainda fica melhor.
Quando vou à Holanda é obrigatório ir almoçar a um restaurante de pannenkoeken onde são feitos de mil e uma maneiras. Escolho sempre as de queijo e bacon ou com maçã e uvas passas.
Eu como pannenkoeken como refeição mas ainda não consegui convencer nenhum português a fazer o mesmo. Por cá, preferem-nas como sobremesa.
O meu almoço hoje foi pannenkoeken com maçã e aveia com muuuuito stroop e um sumo de 1/4 de ananás, 2 maçãs e uma rodela de gengibre.
Pannenkoeken para a Ângela
Faço a receita básica de panquecas e sirvo com gelado de baunilha ou nata e chocolate derretido. Fica ainda melhor com morangos laminados por cima.
Pannenkoeken para a Sara
Receita básica de panquecas e sirvo apenas com açucar.

Let food be thy medicine....




Dizia o meu pai que mais vale gastar no supermercado do que na farmácia...


Let food be thy medicine and medicine be thy food - Hipócrates, pai da medicina, 431 B.C

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Pequenos electrodomésticos na minha cozinha

Centrifugador

Nunca gostei de comer fruta. E descobri uma forma fantástica de vencer a minha perguiça para mastigar: fazer sumo!!

Depois de descobrir que tinha SCI, uma nutricionista aconselhou-me a beber sumo de fruta, por ser mais fácil de digerir do que fruta inteira. Apesar de se perder uma grande parte da fibra da fruta, há vantagens em beber sumos: são mais fáceis de digerir e o nosso corpo aproveita melhor alguns dos nutrientes da fruta.

Comecei por fazer sumos apenas com fruta e agora faço também com legumes. Bebo um por dia e não mais. A fruta contém imenso açucar.

Com a minha centrifugadora resolvi o problema da falta de fruta na minha alimentação. Consegui também eliminar os desejos por gulodices. Os sumos são tão bons e docinhos que a maior parte das vezes sinto que estou a "beber" uma sobremesa.

Tenho uma centrifugadora que "roubei" da casa da minha irmã. É muito básica e obriga-me a cortar a fruta em pedaços muito pequenos. Hei-de ter uma melhor, que permita fazer sumo sem ter que cortar a fruta mas para já esta serve.

Lavar a máquina depois de fazer sumo exige alguma disciplina. As peças têm que ser imediatamente lavadas após fazer o sumo. A polpa da fruta fica por todo o lado e em todas as ranhuras e se não for bem lavada, fica com bolor. Mas isto não me desmotiva. O trabalho que dá a lavar mais do que compensa o prazer de beber um sumo de fruta acabada de espremer!


Um dos meus preferidos:

3 maças
canela
1 cm de gengibre

Humus


Domingo de manhã fui testar a minha roupa de caminhada impermeável. Sapatos, calças e casaco vestidos, caminhei pelo passadiço até Labruge. O pequeno-almoço foi empurrado por um sumo "sweet carrot ´n´ apple pie" do livro The Juice Master de Jason Vale.

2 maçãs
1 cenoura
canela
É um sumo delicioso e por causa da canela parece uma sobremesa, uma tarte de cenoura e maçã!!

Energia e barriguinha cheia para uma caminhada debaixo de chuva e com muito vento.



Cheguei a casa molhada por fora e seca por dento. E com muita fome. Para aquecer, sopa de couve e nabo vindos directamente do quintal da minha sogra, e Humus:

Ingredientes:
1 lata de grão de bico
2 colheres de sopa de tahini (pasta de sésamo)
1 dente de alho
um fio (generoso) de azeite
sumo de meio limão
uma pitada de cuminhos em pó
água q.b.
sal e pimenta


Colocar todos os ingredientes no liquidificador até ficar cremoso. Eu uso a água da lata de grão. Como normalmente já tem sal, não adiciono mais. A quantidade de água e azeite que se usa depende da consistência que se quer obter. Eu vou adicionando conforme vejo necessidade disso. O azeite faz com que fique mais cremoso, mas também o torna mais calórico. Eu opto por juntar mais água, em vez de azeite, se achar que precisa de ficar mais cremoso.

Servir numa taça, com uma pitada de colorau, de sementes de sésamo e um fio de azeite.

Humus é bom para barrar em tostas ou pão. Fica óptimo em pão pita, com alface e tomate. Eu gosto de comer com pão torrado e queijo feta. Ou com pão pumpernickel (pão de centeio alemão) com rodelas de tomate.

As sementes de sésamo são ricas em cálcio e é por isso que gosto de as usar nos meus cozinhados. Como não posso beber leite, é importante encontrar alternativas! O grão de bico é uma boa fonte de proteinas, ferro, fibra. Uma boa escolha para vegetarianos.
Mais sobre humus aqui
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